Hugo Chávez quer mais do que pode. Voltou a enviar o seu embaixador para a Colômbia. A produção de café, produto de relevo na economia do país, está em forte queda devido à fixação administrativa de preços e obriga o estado a tomar conta de grandes companhias produtoras. A escalada de controlo dos meios de comunicação encontrou pela frente a oposição da Assembleia Nacional, que não autorizou para já a legislação que a procuradora geral queria ver aprovada. Estudantes e professores protestam contra a lei da educação de Hugo Chávez. Correa inicia o seu segundo mandato no Ecuador com o apoio popular já em queda. O apoio inicial da administração dos EEUU a Zelaya tem-se discretamente esfumado; restam palavras mas não há sanções. Ainda há menos de uma semana Zelaya foi praticamente empurrado para fora do México depois de uma visita sem glória. O insuspeito Los Angeles Times publica um editorial onde o golpe nas Honduras é encarado de um ponto de vista desculpante e compreensivo. Entretanto, em Tegucigalpa é decretado recolher obrigatório depois de distúrbios violentos.
De tudo isto se fala nos jornais. Mas há histórias que podem não vir a ser contadas, como a curiosa compra de uma companhia de navegação venezuelana, através de um banco falido, pela Telefonica espanhola, que terá ocorrido em data próxima da recente visita do ministro Moratinos à Venezuela. (A visita em que Moratinos disse que a liberdade de expressão no país é satisfatória.) Está tudo contado no Gringo com pormenores abundantes, e se for ficção merece um prémio porque, como é sabido, a realidade costuma ser mais rica e surpreendente.
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