domingo, fevereiro 15

Albert, o cidadão



Estamos no tempo dos políticos bonitos. Mas os eleitores não se deixam  levar: a música que mais agrada aos ouvidos de cada um continua a ter um papel determinante na popularidade. Como em Tugal não se passa nada de novo, olhemos para os vizinhos do lado. Assim, enquanto Pedro Sánchez não segura o desmoronamento do corrupto PSOE, os eleitores declaram manter fidelidade ao insípido e corrupto PP e uma adesão sem precedentes a um grupo "fora do sistema", as múmias comunistas do Podemos que, sendo feias, já estão no poder em Atenas e até têm um ministro alegadamente giro.

De Albert Rivera fala-se muito menos. No entanto, ele é provavelmente a novidade mais interessante da oferta espanhola para a nova estação eleitoral. Catalão, espanhol, rosto dos Ciudadanos, que tem subido nas sondagens a um nível modesto mas significativo, é individualmente o político mais bem avaliado pelo público. É um homem de qualidades: suficientemente hábil no discurso, evita a banalidade e a redondeza, ao mesmo tempo que revela um sentido de humor pronto a disparar. Nesta presença no Hormiguero, tem alguns momentos muito bons. A meio do programa há uma sondagem aos espectadores presentes: Que faria com Rivera? 1- votava nele, 2- dava uma cambalhota com ele, 3- não sei quem é, 4- punha-lhe um rabo de cavalo. No resultado, entre 110 votantes, 41 respondem 1 e 26 respondem 2; Albert comenta que uma coisa não exclui a outra. Sobre a recente saída de Bárcenas da cadeia sob fiança, comenta: o homem tem 48 milhões e 200 mil e pediram-lhe os 200 mil. No fim, mostra a habilidade em polemizar, argumentando a favor da "tortilla" com cebola. A frivolidade não é um tema menor!

Já agora: Juntos Podemos é, antes de ser nome de um alegado partido tuguês (que a nossa Joana descobriu que afinal não podia), o título de um livro de  Albert Rivera, editado há um ano.