sábado, agosto 22

O avião que caiu duas vezes




Com toda a candura, um filho de Khadafi diz o que jornais ingleses já tinham insinuado: que há negócios de petróleo por detrás da libertação do alegado canceroso Megrahi. Com outra candura ainda maior, o governo do Reino Unido desmente o filho do líder líbio.

Canceroso terminal com um aspecto óptimo (certamente graças ao serviço de saúde no UK) Megrahi é recebido como herói na Líbia, afirmando que está inocente e não fez nada. Ora, sabendo nós do que a casa gasta, se não fez nada porque é que lá o aclamam como herói?

Os que o libertaram dizem-se agora chocados com a recepção em Tripoli. Dos EEUU vêm declarações muito profissionais com todos os adjectivos que qualquer texto em diplomatês deve incluir nas alturas em que falta vontade para efectivamente influenciar os factos: outrageous, disgusting, objectionable.

Com o devido respeito às 270 vítimas, o problema é que nesta estorieta da segunda queda do voo 103 da PANAM já não há amigos nem inimigos, talvez haja apenas clientes.

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