O grande clamor em torno do tratamento dos prisioneiros de Guatanamo, e dos raptos e transporte de suspeitos de terrorismo por esse mundo fora, tornou-se banalidade. Não há nada de tão insistente e sistemático, nos meios de comunicação com força para gritar alto, sobre as práticas bárbaras das polícias e as penas degradantes na execução da justiça em certos países islâmicos.
O famoso terrorista "Carlos, o Chacal", raptado por agentes franceses no Sudão em 94, condenado e preso em França desde 1997, vem juntar-se ao clamor, processando as autoridades francesas pelo rapto efectuado fora da lei e fazendo queixas severas sobre o seu regime prisional, que caracteriza por períodos de isolamento extremo, assédio frequente e privação do sono. Comparando o seu caso com o dos suspeitos raptados e deslocados em aviões da CIA, "Carlos" quer justiça. Fica no ar, implícito, que os franceses são pelo menos tão desrespeitadores de direitos humanos, no tratamento de prisioneiros, como os americanos. Lá no fundo talvez "Carlos" tenha uma secreta preferência por Guantanamo.
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3 comentários:
Está bem, pronto. Se tiveres azar de alguma vez seres confundido com um terrorista (pouco provavel, mas nunca se sabe), a gente deixa-te apodrecer na cadeia.
Fica descansado:))
Se tiver essa pouca sorte, prefiro ir parar a uma cadeia ilegal dos EEUU em vez de a uma obscura masmorra francesa. Ajudas é o que não me faltará. Terei o New York Times, a Cindy Sheenan e a Europa toda do meu lado.
Os franceses são génios. Inventaram o pc, mas é só para se aplicar aos outros. Quando é que os nossoe políticos se decidem a aprender a fazer como os franceses fazem, e não como eles dizem.
Mas os EUA são um perigo maior do que a França!...
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