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O pavilhão temporário de Vieira e Moura para a galeria Serpentine, mostrado ontem num jornal de tv, parece aliar qualidade estética e funcionalidade. A elegante e luminosa cadeira de Rietveld é um exemplo simples de criação de beleza aliada a um objecto utilitário.
Infelizmente, nem sempre as obras dos arquitectos aliam arte e bom senso. Quando trabalham para o patrão sem rosto das obras públicas podem dar largas ao desprezo pelos futuros utilizadores. Daí, por exemplo, o enorme desconforto que espera os passageiros da belíssima estação do oriente. E também o incómodo, na instituição onde trabalho, de ter de percorrer enormes distâncias entre um determinado edifício e outros, por terem sido colocados muros cuja única função é não permitir a utilização do caminho mais curto, sem benefício estético. E ainda (já disse isto noutro sítio, mas não me canso de desabafar sobre o assunto) o enorme desrespeito pelos passageiros do metro de Lisboa, que nas estações mais recentes são obrigados a um percurso absurdo entre as carruagens e a zona de bilheteira.
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