A história não tem nada de original. Na sequência da disputa de um lugar de estacionamento e de uma quase colisão, um homem de 76 anos sai do seu carro e dispara sobre a outra viatura, assassinando uma ocupante. Foi na sexta feira às 17.15, perto de Madrid.
Agora sabemos que tudo pode ser um sintoma de doença. Há três hipóteses sérias, segundo o ABC, todas devidamente descritas e classificadas no DSM-IV short circuiting, impulse control disorder ou borderline personality disorder. Os médicos de família lá nos vão servindo para tratar os problemas da hipertensão, do fígado, da mama ou da próstata, mas o dignóstico e tratamento das doenças da alma, essa críptica zona do corpo que mais escapa ao mundo das evidências, exige a experiência de um psicoterapeuta. Não há nada aqui para sorrir. Podemos por vezes escarnecer dos preciosismos e classificações dos manuais de psiquiatria e do seu possível efeito desculpabilizante, mas, com aqueles nomezinhos ou com outros, as perturbações existem e podem matar.
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