Hoje não é preciso ir aos jornais de direita franceses para perceber que UMP e Sarkozy estão a viver umas horas de alívio. Uff! depois de meses com artigos a chatear por causa do folhetim L'Oreal, vem a saber-se que o povo está é preocupado com a insegurança e aprova claramente medidas recentemente anunciadas pelo Presidente e membros do governo e UMP. A taxa de aprovação entra em grande pelo eleitorado de esquerda. Ele é o retirar da nacionalidade francesa aos cidadãos de origem estrangeira culpados de poligamia ou excisão, que recolhe a aprovação de 62% dos eleitores de esquerda; ou aos delinquentes culpados de atentar contra a vida de agentes de polícia, que agrada a 50% dos mesmos; ele é o controle electrónico dos delinquentes reincidentes durante anos após o cumprimento das penas, que ganha o primeiro lugar com um apoio total de 89%!
No Libération o artigo está reservado aos assinantes e o Le Monde não o apresenta na página de acolhimento. Os detalhes podem ler-se, claro, no Figaro.
Mas nem tudo são espinhos no lado da rosa. Lembramo-nos como há um ano atrás andávamos a lavar as mãos e desinfectar objectos com frequência doentia? Dos avisos e saboneteiras que de um momento para o outro inundaram as paredes? Pois. O governo francês está em cheque com a saída, ontem, de notícias sobre o relatório da comissão do Assembleia Nacional que critica fortemente a gestão da epidemia do século que o não foi (a gripe A). Aqui sim, o Libération e o L'Humanité atacam com unhas e dentes. O Libé titula com graça que a lei foi feita pelos laboratórios. A OMS não escapa, como não escapam os peritos técnicos, suspeitos de ligação à indústria. O L'Humanité chega a escrever que a comunidade científica, com as suas predições, mais parecia desejar a propagação do vírus, reflectindo uma espécie de "desejo de pandemia." Curiosamente, uma suspeita que o mesmo sector ideológico rejeita como blasfémia quando levantada sobre os indutores de outros pânicos da moda.
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