Ao contrário do nosso, o governo de Zapatero anunciava há pouco tempo subida de impostos, sim, mas só para os mais ricos (categoria que, entende-se, ainda deixaria de fora ricos que bastem). A ideia seria criar um novo imposto para rendimentos superiores a 1 milhão de euros. Mas hoje é noticiado que esse objectivo não parece exequível. Os técnicos desaconselham uma medida que custaria mais do que os ganhos que iria permitir. Para além de aumentar a taxação dos ganhos com movimentos de capital, fala-se de um novo escalão do IRS (de lá) vizinho dos 50%. O problema é que há escassez de ricos, ou pelo menos de ricos tributáveis, já que apenas 8000 espanhóis declaram rendimentos superiores a 600 000€. Está-se mesmo a ver como vai acabar o filme: as medidas que ainda estão na forja irão afectar "menos ricos" com rendimentos na casa das centenas de milhares de euros e até "indigentes" que ganham um zero abaixo (e aqui já convivem vidas confortáveis com as de gente que luta para sobreviver).
O problema não é, obviamente, exclusivamente de Espanha. O aumento do número de pensionistas e os números do desemprego são dados que afectam em maior ou menor medida os países europeus. Problema difícil, mas é impossível ficarmos sem a impressão de que ou não se pensou nele antes ou não se procuram os métodos mais adequados para o resolver.
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