segunda-feira, agosto 9

Um caso bicudo


Ser um cidadão em pleno, ou o melhor que se possa, tomar a seu cargo a própria responsabilidade, os seus deveres e os seus direitos… Isso dá muitíssimo trabalho.



É perseguição, diz Pilar. Por causa da guerra do Iraque. Ou então é Pilar a travar a sua guerra: dívidas e juros de mora transmitem-se aos herdeiros.

A história é simples: Saramago instala-se em Espanha amargado com a conduta de um governo português. Mas o amor pátrio é mais forte e por isso decide pagar os seus impostos em Portugal, apesar de a carga fiscal ser maior. De qualquer maneira o assunto agora é entre administrações fiscais de cá e de lá: entendam-se nos tribunais sobre essa coisa menor da residência fiscal e salvaguarde-se que ninguém é obrigado a uma dupla tributação. Porque não me passa pela cabeça, nem com certeza a ninguém, que Saramago tenha omitido rendimentos. Se se confirma que há dívidas em Espanha, talvez faça sentido que o fisco espanhol reclame do nosso uma transferência. De repente dou por mim a temer pela casinha dos Bicos.

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