domingo, agosto 1

Agosto 1980



Amanhã será novamente tema de controvérsia em Itália: completar-se-ão 30 anos sobre a tragédia de Bologna. Às 10.25 de 2 de Agosto de 1980 explodiu na sala de espera da estação central uma potentíssima bomba que causaria 85 mortos, quase 200 feridos graves e estragos de grande monta.

Eram anos de chumbo e o terrorismo com origem nos extremos do espectro político estava à solta. No caso de Bologna as suspeitas incidiam sobre a extrema direita e movimentos neo-fascistas. Depois de um longo processo, foram condenados a prisão perpétua dois activistas de direita: Francesca Mambro e Valerio Fioravanti, com uma história confessada de participação em atentados de sangue, mas que sempre negaram a sua implicação no atentado de Bologna. Mais tarde foi também condenado outro neo-fascista, Luigi Cavardini.

Há dez anos, na passagem do 20º aniversário, comentava o primeiro ministro Amato que houvera mentiras, conivências e apoios a nível do Estado. Andreotti punha alguma água na fervura, dizendo que desvios sempre tinham existido, e que era preciso atender a que no aparelho dos serviços secretos dominava a convicção de que uma espécie de guerra santa anti-comunista era necessária e meritória.

No 30º aniversário, enquanto a Associação de Vítimas reclama a desclassificação dos arquivos que podem levar a compreender a dimensão da urdidura, vêm a público elementos de uma nova teoria sobre o atentado, onde surgem o grupo do célebre Carlos "o Chacal" e uma pista palestiniana. É Rosario Priore, ex-juiz de instrução de vários processos mediáticos, que descreve todo um cenário alternativo no livro "Intriga Internacional", de que é co-autor com Giovanni Fasanella. Mas, para Paolo Bolognesi, presidente da Associação de Vítimas, se bem que a continuação das investigações seja bem vinda, a pista alternativa é uma perda de tempo.

1 comentário:

Anónimo disse...

É pena que em vez de tratares bem as personagens da vida real, passes o tempo em masturbações virtuais que ninguém lê. José Reis