segunda-feira, março 6

Silêncio não inocente

Excertos adaptados do livro "Death of Feminism", de Phyllis Chesler, emerita professor of psychology and women's studies na City University of New York's College of Staten Island:

Os terroristas islâmicos declararam guerra ao "ocidente infiel" e contra todos os que aspiram à liberdade. As mulheres no mundo islâmico são tratadas a nível sub-humano. Embora algumas feministas tenham feito soar o sinal de alarme, muitas mais permaneceram em silêncio. Porque é que tantas erradamente romanticizaram terroristas como combatentes da liberdade, condenando a América e Israel como os verdadeiros terroristas e causa do terrorismo? Em nome da correcção multicultural, a academia e os media feministas parecem ter abandonado por completo as pessoas mais vulneráveis.

Por serem tão fortemente influenciados pelo pensamento de esquerda, os académicos e meios feministas julgam que falar de véus, chador, casamentos forçados, poligamia, gravidez forçada ou mutilação genital feminina é "imperialista" ou "cruzadista".

A maioria dos académicos e activistas não fazem nada, na realidade: lêem, escrevem, submetem artigos. Não podem libertar escravos ou prisioneiros como o pode fazer um exército, mas podem pensar com clareza, de maneira complexa e corajosa, e podem enunciar uma visão da liberdade e da dignidade para mulheres e homens. É crucial que o façam.

As mulheres e as minorias nos países muçulmanos não ocidentais, e na Europa crescentemente islamizada, estão em perigo como nunca antes estiveram. Em 2004 o cineasta holandês Theo van Gogh foi esfaqueado por um jihadista nas ruas de Amsterdão por ter feito um filme, Submissão, em que mostrava como as mulheres são abusadas sob o Islão Corânico. Contudo, o silêncio tanto de feministas como de cineastas sobre o assassinato de van Gogh é ensurdecedor e desmoralizador. Os mesmos que em Hollywood são rápidos a condenar bem alto o Presidente Bush por ter invadido o Afganistão e o Iraque têm, pelo menos até agora, permanecido em silêncio a respeito do terrível efeito que um tal assassínio à luz do dia pode ter na liberdade de expressão académica e artística.

1 comentário:

Nino disse...

O feminismo prefere morrer de pé envolto no seu idealismo a capitular perante a realidade.