É lugar comum comentar, a propósito das fricções entre o mundo ocidental e o mundo islâmico, que os muçulmanos não são todos terroristas e nem todos se deixam guiar pelos incitamentos à violência por militantes, agitadores e governos radicais.
Eu estou de acordo com o pressuposto. Quero até acreditar que uma parte muito importante da população de países islâmicos, uma parte com potencialidades para desempenhar um papel activo na transformação política dos respectivos regimes, partilha apreço por valores ocidentais e gostaria de poder usufruir deles nos seus países.
Então a quem servem os constantes "reconhecimentos de erros", auto-humilhações e pedidos de desculpa dos porta-vozes ocidentais face à ameaça ululante de quem queima e assassina? Não, certamente, aos que no mundo islâmico gostariam de poder lutar por mais abertura e liberdade. Claro que também não creio que os nossos timoratos líderes que se ajoelham queiram servir os radicais: simplesmente, perante a sua fúria, tremem de medo. É nisto que estamos.
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2 comentários:
"Mais vale verdes do que mortos" (Pacheco Pereira).
Lido e, com a sua autorização, subscrito.
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