Irá Urdangarin, ou duque de Palma, passar o Natal com a família? Com a real talvez não. Os mestres de cerimónias tratarão de evitar o ambiente espesso que pode surgir quando se recebe em casa alguém suspeito de desviar para paraísos fiscais uns milhões surripiados ao dinheiro público, a coberto da pureza de intenções de uma espécie de ONG. O problema é que as coisas vieram a saber-se por filtrações para os jornais, na sequência do inquérito aberto pela Procuradoria Anti-Corrupção das Baleares.´
Urdangarin declara-se pesaroso pelo seu porta-voz. Reafirma a sua honra e inocência. A Casa Real toma precauções, distancia-se e atreve-se a afirmar que a conduta do genro dos reis não parece exemplar. A Casa sabe muito bem que por enquanto não há culpados formais, mas perante a verosimilhança das sucessivas revelações, e na ausência de uma versão credível que inocente o rapaz, mais vale resguardar-se de danos futuros.
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