Nas primeiras notícias, Nidal Malik Hasan era um psiquiatra, descendente de palestinianos, a quem o stress levou ao acto homicida desesperado de que resultaram treze mortos.
O caso passa-se em Fort Hood, zona livre de armas, onde os regulamentos impedem os militares de andar armados em circunstâncias normais, como é o caso de fazer fila para uma vacina.
Mas sabemos agora que Hasan evidenciava já há tempo comportamentos que no mínimo deveriam ter dado lugar a algumas precauções. Era conhecido o seu repúdio pelas intervenções dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão e preparavam-se para enviá-lo para o Afeganistão. O problema não é ser muçulmano (será?), é existirem razões que deveriam ter motivado alguma prevenção. Colegas de profissão recordam uma bizarra conferência de Hasan durante a qual ele referiu o ensinamento do Corão sobre como proceder com as cabeças dos infiéis: degolar e lançar ao fogo.
Por muito que se tente disfarçar, há nesta história negligências que parecem óbvias. Como pode uma pessoa assim ser mantida a prestar serviço numa unidade militar? Haverá muita explicação para os assassinatos com base no bláblá psiquiátrico. Mas o facto de se tratar de um muçulmano devoto dificilmente será assumido ou apontado como provável causa da tragédia. As razões também são óbvias: logo viriam as acusações de islamofobia ou racismo que ninguém hoje em dia aguenta. Infelizmente, os muitos actos terroristas levados a cabo por muçulmanos radicais aconselhariam a colocar a hipótese, nem que fosse por mera curiosidade científica. Além de que ninguém se livra de uma fatwa de algum louco que se sinta ofendido por ver classificar a devoção ao Islão como anomalia psíquica.
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