sexta-feira, outubro 24

Catequização para a Cidadania

A Educação para a Cidadania já é, em Espanha, uma disciplina tão obrigatória como a matemática ou a aprendizagem da língua. Um grande número de encarregados de educação tem procurado opor-se-lhe sem grande sucesso. Ainda hoje o La Razón noticia que famílias espanholas, residentes em Portugal, viram recusados pedidos de dispensa da disciplina para os adolescentes a seu cargo que aqui estudam num colégio espanhol.

Quem aderiu com entusiasmo à nova campanha de doutrinação foram os sindicatos espanhóis, que se têm dedicado a produzir materiais "didácticos". Não admira: isso dá trabalho a uns quantos amigalhaços "especialistas" em "cidadania" e, dada a obrigatoriedade da matéria, deve render milhões.

No manual Mi Escuela y el Mundo, solidaridad, educación en valores y ciudadanía, editado pela UGT (secção Ensino) e destinado a crianças dos 6 aos 11 anos, pode ler-se:

En África conviven distintas religiones como el Islam -una religión de paz- y el Animismo. En cada rincón de África, en las ciudades, la selva o el desierto hay escuelas para los niños y las niñas.
Los europeos quisieron hacerse con estos tesoros (oro, marfil…). ¡Y no se les ocurrió nada mejor que robarlos y hacer prisioneras a las personas, convirtiéndolas en esclavos y llevándoselas a Europa y América!
Europa no es más que una península de Asia.
(Sobre a história da América do Sul:) cuando llegaron los españoles… les sorprendió todo lo que los indios sabían de astronomía, matemáticas… pero no iban en son de paz… y como estos pueblos, a los que llamaban indios, no tenían armas de fuego para defenderse, fueron derrotados por unos seres extraños, blancos y barbudos, que llegaron de lejos, atravesando los mares… Cierra los ojos… ¿Lo imaginas?


Não há referências ao cristianismo. Ressalta a visão negativa dos europeus e enaltecem-se a África e a América antes da chegada destes. O livro desenrola o seu argumento na forma de uma viagem de um grupo de jovens à volta do mundo. No regresso, encontram um barco pirata cuja bandeira arco-íris é oportunidade para uma promoçãozita velada do lobby gay admitido por esta neo-ortodoxia.

Parecem confusas as cabeças que escrevem estas coisas? Talvez, mas os seus objectivos são claríssimos.

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