Há cerca de um mês, revelações de Morton Sobell vieram trazer nova luz sobre o controverso caso dos Rosenberg, executados em 1953 em Sing-Sing. Sobell foi réu no mesmo processo e condenado a 30 anos de cadeia dos quais cumpriu 18. Aos 91 anos, acabou por confessar que ele e Julius Rosenberg espiavam para os soviéticos.
A versão popularizada dos trágicos acontecimentos aponta para uma condenação por motivos ideológicos no ambiente de perseguição aos comunistas, nos anos cinquenta na América. Sabe-se agora que não era bem assim. É claro que a condenação ao sinistro grelhador de Brown e Edison terá sempre o poder de nos repugnar. E a sentença de Ethel continua a parecer baseada em provas debilíssimas, sabendo-se que falsos testemunhos da cunhada e do irmão, David (arregimentado por Julius para os trabalhos de espionagem) contribuiram para a incriminar. Uma história sem heróis.
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