As nossas autoridades são muito curiosas.
Vêm afirmar que há uma melhoria dos resultados em Matemática quando, na verdade, se constata a consequência natural de um exame muito fácil. Contar as filas de um cinema, reconhecer o mínimo múltiplo comum entre 12 e 24, ou calcular volumes de pirâmides num problema com um dado a mais que o reduz à aplicação de uma fórmula dada no enunciado, só podem ser sintomas de melhoria para cegos voluntários.
Vêm dizer que melhorou o panorama da condução nas cidades porque alguns radares registaram menos infracções. Mas, mesmo descontando o facto de haver radares avariados, fingem não perceber que os radares são, para a condução em cidade, o que o "exame fácil" é para os conhecimentos dos alunos. Tal como o exame tem as respostas quase à vista, o radar tem efeitos de redução da velocidade na vizinhança do aparelho e nada mais. Experimente-se descer a avenida de Ceuta e observe-se a variação de velocidade dos carros à nossa frente: nem é preciso ir atento ao sinal para ficarmos a saber onde está o radar.
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