quarta-feira, maio 18

Sobressalto no encino aprendisajem

De acordo com algumas notícias recentes, o programa e os manuais de "educação sexual" estão a levantar algum escândalo e alarme.

Os factos relatados nessas notícias só poderão constituir surpresa para quem não esteja habituado a sofrer calafrios ao ler programas e manuais de outras disciplinas. O caso presente é apenas mais susceptível de inquietar os pais das crianças-cobaias desta "educação", porque toca ou pretende tocar (ao que parece, literalmente...) em zonas muito sensíveis que podem ter a ver com a formação da personalidade.

Ora, tendo presente que nem quando se trata de definir o que é razoável ensinar em Matemática no secundário (uma matéria mais que consolidada e que deveria ser mais ou menos consensual) o nosso ministério da educação consegue produzir um programa decente - influenciando pela negativa, à partida, os autores de manuais - como poderia esperar-se que viesse a produzir um programa razoável de educação sexual, matéria infinitamente mais controversa?

Parece que até há nomes sonantes de psicólogos da nossa aldeia associados `a iniciativa, o que não deve deixar-nos descansados sobre a qualidade da sua prática.

A raiz do problema é fácil de identificar: consiste na ideia peregrina, que grupos de pressão têm conseguido fazer passar com sucesso, de que tudo o que há para aprender na vida é ensinável na escola. As próprias universidades colaboram no embuste com frequência, legitimando com a concessão dos mais altos graus académicos o discurso dos arautos de certos novos "saberes" e atribuindo o estatuto de "ciência" a conhecimentos de almanaque.

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