domingo, julho 22

Puig (1932-1990)

Hoje passam 22 anos sobre a morte, infelizmente prematura, de Manuel Puig. Não será um génio da literatura mas é um dos autores contemporâneos mais talentosos. Já evoquei noutro post uma das suas obras mais interessantes, Boquitas Pintadas. Das outras, escolho sem hesitar Cae la Noche Tropical, Sangre de Amor Correspondido, La traición de Rita Hayworth e The Buenos Aires Affair.

Puig é um mestre contador de histórias caracterizadas pelo falso kitsch, pelo folhetinesco carregado de significados, segredos, enigmas e sentimentos, pela não trivialidade da narrativa, trabalhada com a precisão e a perícia de um artífice dedicado, e pela  construção de alguns dos diálogos mais fluentes, eficazes e verosímeis que se podem encontrar na literatura recente. As personagens, umas frágeis e outras cruéis, destilam paixões, frustrações, medos e perfídia em enredos credíveis como a vida de todos os dias.

Algumas obras estão traduzidas em português. Fica aqui a sugestão para leitura de férias.

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