sexta-feira, julho 23

A resiliência natural e as aves mortas

Parece que os danos resultantes da fuga de petróleo no furo da BP têm sido largamente exagerados. Ou, pelo menos, a capacidade de recuperação de que o planeta dispõe tem sido muito subestimada. Não admira: os meios de comunicação especializaram-se no discurso da convencional "correcção" que anuncia o apocalipse para o dia seguinte. Se se puder apontar o dedo aos malvados rrricos e capitalistas(o que acontece ajustadamente neste caso), é ouro sobre azul. No mundo académico as tentações são semelhantes, porque políticas demagógicas canalizam fundos generosos para uma investigação programática em que os resultados já são conhecidos antes da conclusão dos projectos.

Em artigo publicado há cinco dias no Times e aqui transcrito com links e referências, Matt Ridley põe o desastre em perspectiva com acidentes do mesmo género e comenta o provável exagero da cobertura mediática.

The final lesson is that the environmental threats that matter are the slow, continuous ones, not the telegenic sensations like oil spills. BP’s spill is known to have killed just over 1,300 birds so far. Just one wind farm, at Altamont Pass in California, was until recently known to kill perhaps 1,300 birds of prey every year. If BP really wants to kill birds, it should indeed go beyond petroleum and into wind, an industry that kills far more rare birds per joule of energy produced than oil does.

1 comentário:

Jorge Salema disse...

Insustentável será a segurança social e os serviços públicos de saúde. O clima, esse, é sustentabilíssimo,de aguentar tudo! Que topete!