Em Junho deste ano, o presidente Lula foi um dos primeiros líderes a reconhecer a vitória de Ahmadinejad. E ainda há poucos dias recebeu, com pompa e sob algumas críticas, o presidente do Irão.
"os dois casos são completamente diferentes", já que as eleições iranianas "não violaram a Constituição", enquanto as hondurenhas foram organizadas "por um golpe repudiado por todo o mundo".
"O golpista travestiu-se de político eleito e convocou as eleições sem permitir que o presidente Zelaya fosse responsável pelo processo", criticou.
Oscar Arias, mediador e Nobel da Paz, era de opinião, em Setembro, que as eleições (já marcadas antes do golpe) poderiam resolver a crise. E recordou que a validação de eleições feitas sob regimes tirânicos já permitiu a transição para a democracia em países da América do Sul.
Apesar da situação de crise política e do ambiente de pressão, a participação do eleitorado parece ter sido pelo menos não inferior ao que é habitual no país.
A América Latina e o Mundo estão divididos. Mas mesmo os que não gostam da situação a que se chegou não terão muito que se preocupar: o mandato do eleito, se vier a efectivar-se, durará o par de anos regulamentares. O de Zelaya, de acordo com os planos do próprio, poderia durar o resto do século.
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