sábado, maio 30

O nível da conversa



Hugo Chávez começou por desafiar os membros do CEDICE, em reunião na Venezuela, para um debate no seu Alô, Presidente especial que durará até domingo. O CEDICE propôs então que houvesse um frente a frente entre o Presidente e Mario Vargas Llosa. Chávez declinou: embora reconheça os talentos de Llosa como escritor (diz ele) o frente a frente não tem sentido porque não jogam na mesma equipa. Hugo queria um debate entre intelectuais (os seus e os do CEDICE) e afirma que Llosa teria de ascender a presidente para debaterem ao mesmo nível.

Vargas Llosa até já foi candidato à presidência do Peru. É autor de La Fiesta del Chivo, onde evoca a tirania de Trujillo, e dessa obra prima da literatura, Conversación en la Catedral, que tem como pano de fundo a frustração dos peruanos nos tempos do ditador Odría. Temas certamente caros a Hugo, que em caso de desconforto poderia converter a conversación em tertúlia literária. Mas para isso teria que descer ao nível de um intelectual.

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