Dizia ontem o NY Times que, dos prisioneiros libertados de Guatanamo, um em cada sete regressou activamente à actividade terrorista. Esta taxa de reincidência de 14% parece preocupar o departamento de defesa, e já se fala em impedir que alguns dos prisioneiros saiam dos Estados Unidos.
Mas tudo isto pode ser afinal conversa alarmista. Mark P. Denbeaux, professor de direito muito citado, especialista em produção de prova, desvaloriza: diz que é "uma campanha para ganhar o coração da história para Guantanamo. Querem ter argumentos para dizer que havia lá gente má." E acrescenta, em tom de comédia negra com modesta homenagem a um clássico do cinema, "Nunca dissemos que não havia lá quem voltasse à luta. Nada é perfeito".
Acho que Denbeaux devia ter ido mais longe. Não brinco. Gostaria de saber como é que os incompetentes do Pentágono chegaram àqueles resultados. Terá sido por sondagem? com que margem de erro? os inquéritos teriam quadradinhos para marcar com a actividade pós-guantanamo? quantos ex-presos se tornaram cabeleireiros? e quantos professores de direito? sobre isso o relatório nada diz. A não ser que, de cada sete, os inquiridores só tenham conseguido apanhar um.
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