Em França já há muitas críticas a Sarkozy, nas vésperas de Kadhaffi armar a sua tenda em Paris. Olhando para os críticos, parece que nem se lembram da grande amizade entre Mitterrand e Arafat. Por motivos muito práticos, Sarkozy acabará perdoado pela sua hospitalidade ao Guia da Líbia. Uma central nuclear, uma frota de Airbus e um novo aeroporto em Tripoli são negócios difíceis de desdenhar.
Em Lisboa, vá lá que o deixem montar a tenda, enquanto convidado da cimeira. Mas que ganha uma Universidade, ao recebê-lo com alguma pompa, a pretexto do convite de um seu centro de investigação, oferecendo-lhe palco para justificação do terrorismo e para fazer ameaças de extorsão em que o Guia, depois de encerrar a fase bombista da sua carreira, se tornou hábil? O título anunciado da "conferência" já não augurava nada de bom, mas o resultado foi francamente decepcionante. Kadhaffi não veio cá ensinar-nos nada. Estamos fartos de ouvir a mesma coisa, dita por personagens cá do burgo, ilustres ou nem por isso.
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3 comentários:
Pesquisando no google "Kadhaffi universidade" descobri um blogue chamado "Falta de tempo" com um post intitulado "O mistério da Universidade de Lisboa".
Assim, não é mistério nenhum. Afinal, que outra universidade podia ser?
Os franceses imventaram a designação "Ministère des Affaires étrangères".
Affaires, quer dizer negócios.
Nós limitámo-nos a traduzi-la.
Esquecemos o resto.
O mistério não é esse; isso foi visto ontem nas tvs e vem nos jornais de hoje (Le Monde e muitos outros).
A universidade ganha o seu nome nos jornais. Não devia uma universidade séria dar tanto valor a uma glória tão vã? Evidentemente que não. Mas também aí não há grande mistério...
Mais complicado é o supermercado. Sou melhor no Sudoku do que nas palavras cruzadas.
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