O estilo de vida de Fátima, adolescente de Bologna, não agradava à família. Por isso, os pais e um irmão mantiveram-na amarrada a uma cadeira e depois agrediram-na brutalmente. Houve uma condenação destes actos em primeira instância em 2003. Agora, o tribunal supremo de Itália vem absolver os agressores: para os juízes, afinal, a jovem só fora agredida três vezes e, para mais, pelo facto de os seus comportamentos terem sido julgados incorrectos. Como Fátima vivia aterrorizada pelos pais e fizera ameaças de suicídio, o tribunal considerou que eles fizeram bem em amarrá-la para evitar que a rapariga se se auto-mutilasse.
"Uma vergonha", diz Souad Sbai, presidente da Associação de mulheres marroquinas em Itália, "uma decisão digna de um país onde vigorasse a sharia. Os juízes aplicam dois tipos de regras: uma para os italianos e outra para os imigrantes".
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