Surpreendido pelas notícias de ontem, não quis ficar feito bota de elástico a lamentar o provável desaparecimento do quadro preto com giz e fui procurar compreender a maravilha que se anuncia com trombetas e holofotes. Nada melhor do que deixar falar quem sabe. Encontrei assim este testemunho de um participante num encontro sobre quadros interactivos que, numa linguagem cheia de carisma e com um conteúdo completamente original, me deixou esclarecido.
Os quadros brancos interactivos (QBI) foram apresentados como um recurso tecnológico a optimizar no processo de ensino-aprendizagem. Os testemunhos das docentes x, y e z, revelam o surgimento dum novo paradigma educativo que passa pela escola virtual. Vimos que o aluno assume uma grande autonomia na sua aprendizagem. O docente aparece como o facilitador e orientador dos contextos de aprendizagem.
Neste encontro vimos também exemplos de trabalhar pedagogicamente por competências com uma metodologia de projecto e aprendizagem colaborativa. Os alunos assumem uma participação criativa na construção do conhecimento.
Mas que impacto terá o QBI na aprendizagem desta nova geração de alunos? Como avaliar? Quais os resultados?
O desafio nasce para a investigação científica na área das ciências da educação. Numa metodologia de investigação objectiva / quantitativa teremos diversas dificuldades, porque em educação há muitas variáveis. Todavia, numa análise qualitativa, ficou a impressão subjectiva dos pais ao referirem, por comparação entre filhos, que verificam uma diferença: mais motivação, brio e aplicação na realização das tarefas.
Espero, por fim, que o projecto Interact continue a ser um estímulo à arte de ser educador. Queremos mais... aprender, criar e inovar!
Um de nós,
uvw
Portantos, a tendência outono-inverno em matéria de títulos para teses em educação será: O quadro interactivo: novo paradigma do conflito interpessoal na sala de aula ou O papel regulador específico do quadro interactivo na produção de metáforas conceptuais - um estudo de caso.
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