Segundo Saramago, Chávez é acusado de populismo porque se ocupa dos problemas dos pobres, coisa que faz sem fingimento. E lembra que, se está no poder, é porque o ganhou nas urnas. E que faz bom uso do dinheiro que ganha com o petróleo.
Noutra lide, Saramago entende que Portugal ganhará quando inevitavelmente se tornar província de Espanha e tem até já um modelo de organização política e um nome de companhia de aviação para o futuro novo país.
Como se soube não há muito tempo, há entre nós um sector de opinião que até estará de acordo com Saramago. Já o caso dos espanhois é mais duvidoso: talvez nem os galegos se entusiasmem com a ideia, porque o que eles prefeririam era uma desintegração.
O problema é o recorte da jangada. Forças não desprezáveis trabalham noutro sentido para a reconstrução de Al-Andaluz. Com sorte, eles anexam as Canárias e nós ainda temos tempo de fugir para o norte. Seria bom que Saramago, o Eng. Bin Laden e o Dr. Al Zawhari trocassem umas ideias sobre o assunto, como diz o título de um livro. Para ver em que ficamos, já agora. Chávez poderia ser o anfitrião, certamente com gosto. E Saramago, num pulinho à Central Madeirense, ganharia a ideia para um "Ensaio sobre a Alucinação", em que os habitantes de um país comem pacotes e pacotes de Kellogs convencidos de que estão a trincar uma bela pasta italiana. O tema parece idiota, mas à semelhança de outros, Saramago transfigurá-lo-ia com a força hipnótica da sua arte. Esta última frase é para ser levada a sério. E as outras também.
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