Sarah Mendley, britânica de origem iraquiana, 23 anos, favorita no concurso de Miss England, quis mostrar que há mulheres britânicas atraentes de origem iraquiana que têm orgulho em serem tanto britânicas como iraquianas. (Também no PÚBLICO de hoje, sem link.) Está disposta a enfrentar as críticas dos chefes religiosos muçulmanos e tem o apoio da família. Havendo 2 milhões de muçulmanos no Reino Unido e sabendo-se que franjas dessa população propiciaram o aparecimento de células de militantes fanáticos, parece fora de dúvida que Sarah Mendley é, além de atraente, muito corajosa.
Mais corajosa, certamente, do que os participantes em marchas contra a guerra no Iraque e a chamar nomes a Bush (mesmo que se pense que a guerra e Bush merecem críticas). Vivemos em democracia e felizmente os autores desses protestos, tornados lugar comum normalmente pouco reflectido, não enfrentam qualquer risco. Mas eu desconfiaria sempre das manifestações públicas, realizadas entre nós, cujas palavras de ordem também poderiam ser autorizadas pelas actuais autoridades de Teerão e mereceriam a aprovação entusiástica do Hamas e dos Taliban.
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9 comentários:
Concordo completamente.
O que não é completamente bom. Espero que um dia possamos dar largas a uma discordância qualquer...
Vamos lá a ver se entendo.
O silogismo é: se protestamos contra algo sem correr riscos, então as nossas posições são duvidosas.
Terei percebido bem?
on: não é isso, não. Ainda bem que podemos protestar sem risco contra praticamente tudo. Não disse que esse facto torna as nossas posições duvidosas. O que eu quis dizer é que eu não participaria num protesto (mesmo que achasse que ele tinha razão de ser) se as palavras de ordem pudessem ser subscritas e aproveitadas pelos governantes de Teerão, Taliban, e companhia. Apenas isso.
Mas se pudessem ser subscritas pelos governantes de Washington, CIA, e companhia...
(E de facto o risco tem uma relevância no seu post que é negada no seu comentário.)
O post é claríssimo. No Ocidente, os esquerdistas preferem denegrir em segurança um arauto da liberdade de que usufruem, em vez de denunciarem a opressão e o fanatismo dos islâmicos e, dessa forma, sofrerem retaliações. É Salman Rushdie quem tem a cabeça a prémio, não os organizadores dos cursos de "desobediência civil". Assassinado foi o realizador Theo Van Gogh, não qualquer imã que fomente o terrorismo na Europa.
"Mas eu desconfiaria sempre das manifestações públicas, realizadas entre nós, cujas palavras de ordem também poderiam ser autorizadas pelas actuais autoridades de Teerão e mereceriam a aprovação entusiástica do Hamas e dos Taliban."
...
Eu desconfiava era dos governos que não apoiam as palavras de ordem que se ouvem nas manisfestações realizadas entre nós, como por exemplo:
"Paz sim, Guerra não"
Pensando melhor, há palavras de ordem que sugerem um padrão:
NATO fora dos Balcãs!
NATO fora do Afeganistão!
NATO fora do Iraque!
Aposto que foram lançadas por algum terrorista árabe...
Powell says he regrets WMD talk
http://www.dallasnews.com/sharedcontent/dws/dn/latestnews/stories/090905dnintiraqrdp.38ac5068.html
Former aide: Powell WMD speech 'lowest point in my life'
http://edition.cnn.com/2005/WORLD/meast/08/19/powell.un/
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