segunda-feira, agosto 15
O mistério das livrarias
Contam vários relatos que os intervenientes nos distúrbios em Londres trataram as livrarias com total indiferença. Destruiram e assaltaram sem cerimónias restaurantes, lojas de roupa desportiva e de material electrónico. Queimaram carros e edifícios. Apoderaram-se de ténis, playstations, flatscreens e o que mais apetece ter. Mas livros, nada. Os danos em livrarias foram marginais. Em face deste curioso dado empírico, o Huffington Post avança com duas engenhosas tentativas de explicação para a sobrevivência das livrarias: respeito pelos livros ou total desinteresse por eles. Nos comentários ao artigo são colocadas hipóteses mais chãs mas carregadas de verosimilhança. Por exemplo: os livros são mais pesados e mais difíceis de vender do que tvs, gadgets electrónicos e calçado em moda. Ou então: a malta dos protestos não está habituada a ler textos com mais de 140 caracteres. Um comerciante de Brixton observou ao Financial Times, com alívio, que os assaltos privilegiaram o grande comércio: não houve motins, houve um "saque inteligente".
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