domingo, março 16
As desculpas e a confissão
O que mais impressiona no caso Spitzer não é a contradição entre a conduta pública e os vícios privados. Disso está o mundo cheio, e apenas se torna história quando os intervenientes pertencem a partidos ou igrejas. Não, o que aflige é a auto imolação implícita no pedido de desculpas público, sobretudo o da esposa. É a aceitação do maior vexame: se Spitzer teve que gastar em prostitutas uma soma tão elevada, é porque como homem é uma verdadeira nódoa. A senhora Spitzer confessa assim, na ribalta, o fracasso rotundo da sua vida.
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