Soube-se há dias, num jornal e numa televisão, que dezenas de doentes portugueses estão a receber tratamento oftalmológico em Cuba, pago pela câmara municipal de Vila Real de Santo António. É notícia com significado porque começa por ter como pano de fundo a ineficácia do nosso serviço nacional de saúde. Ainda bem que aquelas pessoas viram os seus problemas de visão resolvidos, e não ponho em dúvida a qualidade do tratamento, tanto mais que neste caso há em jogo uma mais valia publicitária para o regime da ilha. Também admito que não havia alternativas num raio de 8000 quilómetros. De qualquer modo, não há operações a cataratas grátis. Para já, sabemos que a autarquia transferiu 50 mil euros para, como é descrito no boletim municipal, reconstrução de um Parque Infantil e respectiva Creche. A referida Creche, situa-se no Pólo Cientifico de Engenharia
Genética e Biotecnológica da cidade de Playa e destina-se a
acolher os filhos dos trabalhadores.
Como parece óbvio que a autarquia pagou também pelo menos as viagens, seria interessante fazer o balanço financeiro do acordo. Admito que se tenha conseguido um bom preço, caso em que conviria realizar um protocolo do SNS com o sistema de saúde cubano, abrangendo muito mais municípios e muito mais especialidades. Se não, quando me reformar vou procurar casa em Vila Real de Santo António.
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