Um dos escândalos mediáticos dos últimos dias em Espanha é a libertação de um "pederasta espanhol", preso em Marrocos, incluída num pacote de indultos por ocasião da visita do rei de Espanha ao país. Hoje aparece nos jornais a indignação do PSOE a exigir explicações ao governo pelo equívoco. O que aqui é interessante é que o PSOE é o partido que no governo legislou para que adolescentes pudessem esconder aos pais uma gravidez, para baixar a idade de consentimento para os 13 anos e que, já agora, tem na presidência da sua secção basca um homem que foi condenado por agressões físicas à esposa.
Tanto como a lata e a agressividade militante dos partidos, pode surpreender-nos a sua inacção ou cobardia, ou aquilo que pelo menos parece uma dessas poses. Ainda olhando para Espanha, tem sido notório o fogo sobre o governo e o PP com base nas trafulhices de contabilidade do partido. Ora, as trafulhices dos EREs que envolvem sindicalistas, deputados e dirigentes do PSOE, desvios de dinheiro numa escala maior do que a dos papeis de Bárcenas, e configuram uma situação de maior imoralidade, não têm recebido nem um décimo da atenção ou da gritaria. Nem o PP tem feito nada que se veja para contra-atacar. Lá terão as suas razões, e boas não podem ser.
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