domingo, junho 17

Lenta lucidez

José Luis Rodriguez Zapatero deu uma entrevista à Al Jazeera. Para lá de umas considerações genéricas de como salvar o o euro, a Europa e mesmo o mundo, o ex-PM reflectiu sobre o passado próximo. Disse ele: "Se tivéssemos poupado mais e pedido emprestado menos ao exterior, teríamos sofrido menos." Claro que "poupado mais" é um eufemismo exculpatório para "esturricado menos". E lamentou que se tenha investido "mais do que se ganhou".
Em todo o caso, face a esta auto-crítica, julgo provável que José Luiz esteja agora a estudar economia.

2 comentários:

Jorge Salema disse...

As sensibilidades da direita julgam-se hoje os senhores da economia da mesma forma com que nos anos 60 e 70 a esquerda marxista se reclamava a senhora da história. Certos liberais da direita deviam ter aprendido mais com esta última. O que se faz na governação económica é , por mais que nos custe, aprendizagem por tentativas e erros.Um exemplo foi a governação do sistema financeiro dos anos 80 a esta parte, toda elaborada sobre a máxima "estado fora, saiam da frente!" Hoje sabemos os resultados. o Zapatero foi vitima das amarras monetaristas de Berlim.A política económica da Europa só é favorável à Alemanha. A srª Merkel é a única lúcida neste aspecto maquiavélico da raison d'état. Quem precisa de lições são os outros países que aquiescem a Berlin sem espernear quando podiam (Espanha, França e Itália. Portugal não pode obviamente).

Anónimo disse...

Para quando essa ironia (de sempre) ao serviço da política e dos políticos portugueses!?
Sempre tive grande interesse pelo que se passa em Espanha. Para grande escândalo dos que me conhecem, acho mesmo que o D. João IV podia não ter existido. Talvez seja da proximidade e grande convívio noutros tempos com famílias amigas do meu pai do "outro lado" da raia.
Abraço
meg