O caso é singular mas significativo dos estragos que pode causar a ideologia que permeia os sistemas educativos.
Uma professora da escola primária espanhola de Escaldes, em Andorra, é posta a andar porque ensina demais. A recomendação é de um inspector ido de Madrid. O diagnóstico é assustador: "os alunos têm um nível demasiado alto, que não corresponde ao nível de desenvolvimento curricular previsto para uma escola pública."
Os pais não entendem a decisão e pedem que se mantenha a professora. Para já, conseguiram que ela fique até ao fim do ano escolar, embora condicionada a baixar o ritmo de ensino. Parece que o problema é que os meninos estão "hipermotivados", perguntam, querem saber mais e a professora dá-lhes as respostas. Resultado: já sabem ler, começam os primeiros passos da escrita e até sabem somar e subtrair. Por este andar rapidamente se apropriarão dos escassos conteúdos que os inspectores dominam, tornando risíveis as funções desses burocratas.
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