Espanha: Urdangarin, o genro do rei, que até agora se proclamava inocente, reconhece-se finalmente culpado. Uns mails entregues ao juiz do caso Nóos pelo seu braço direito Diego Torres forçaram a mudança. Agora a estratégia de defesa do rapaz é prometer devolver uns 3 milhões do dinheiro que fez seu, para evitar a prisão. Como se prevêem obstáculos a que a justiça trate o caso como o de um cidadão normal, é provável que resulte. O mau cheiro do caso, no entanto, ficará no ar e empestará irremediavelmente a casa real.
França: Entretanto, Sarkozy é apontado pela Mediapart por receber financiamento de Khadafi para a campanha anterior. Um documento comprometedor é revelado. Em resposta, Sarkozy diz que se trata de falsificação grosseira e processa a Mediapart: não tinha outra saida. Mesmo que se tenha em conta o militantismo da Mediapart, as explicações do acusado não convencerão toda a gente, e o processo, a desenvolver-se, pode fazer o presidente cessante passar um muito mau bocado. Sobretudo se não for reeleito, como tudo indica. Para já, a revelação do caso joga fortemente contra o visado e acentuará a margem de vantagem do outro candidato. Do lado do PS, ninguém quer correr os riscos a que a presença pouco mobilizadora de Hollande poderia dar lugar.
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3 comentários:
Em Espanha, mesmo sendo genro do rei, a justiça atua e considera mails como prova de crime.E em Portugal!? mails; escutas telefónicas; SMS; produzem prova?...A culpa toda do nosso estado de injustiça é dos nossos heróis da independência: Afonso Henriques, Mestre de Avis e a padeira de Aljubarrota e dos conjurados de 1640. Não podendo apagar a história, sugiro a contratação de juízes no país irmão com a missão de dar credibilidade à justiça portuguesa!
Olá senhor blogeur
So que o famoso documento nunca foi produzido...
Pois, pelo menos não me recordo de novas investidas sobre o assunto. É intrigante um assunto dessa gravidade ser deixado cair pelas partes envolvidas.
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