Primeiro foi a contratação do marido de Dolores de Cospedal, abortada à nascença. Agora há novo marido (logo o da vice-presidenta!) a entrar pela porta grande, desta vez na Telefónica. Pode estar tudo dentro da legalidade formal, pode o governo do PP vir lembrar que o homem é muito competente e que a Telefónica é privada, ou talvez nem devesse meter-se no assunto, já que assim é. Será? Não nos dêem música. Os que mandam em empresas importantes gostam da proximidade dos que mandam no país, isto é, os que têm a capacidade de movimentar dinheiro de impostos. O PP em Espanha continua assim, à sua maneira, a tradição de protecção à família em que o PSOE tem sido pródigo, particularmente com os recentes escândalos da corrupção andaluza.
O estrito apego às balizas da legalidade traduz-se na cegueira moral que se compreende tanto menos quanto maiores são as dificuldades por que passa grande maioria dos cidadãos. A insensibilidade moral dos partidos do poder arrasta consigo o desprezo da democracia e a corrosão dos regimes.
Ou todas estas objecções resultam só de má vontade e despeito de quem critica? No fundo, que importância terá que o Sr. A seja casado com a Sra. B? Não é ponto assente, por exemplo, que a infanta Cristina estava a leste das urdiduras do esposo? Deixemo-nos de preconceitos conservadores e sejamos felizes com as verdades oficiais para totós.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário