Este problema passa-se em França. Suponhamos que vamos contratar 60 000 professores ao longo de 5 anos, à razão de 12 000 por ano. Sabendo-se que o salário bruto com encargos ronda os 40 000 euros anuais, quanto se gasta no 1º ano? Em números redondos à volta de 500 milhões. Qual é o custo da medida ao fim dos cinco anos?
O problema é neste momento tema de um debate inflamado. Isto porque Hollande, o candidato do PS à presidência, e autor da ideia, afirmou que o custo iria ficar pelos 2,5 mil milhões. Chatel, ministro da educação, chamou a atenção para um "pequeno" erro de cálculo e observou que o custo afinal andará pelos 7,5 mil milhões. De resto, já alguém dentro do PS se tinha apercebido de que alguma coisa não batia certo: Michel Sapin tinha-se apressado, a seguir ao anúncio de Hollande, a precisar que os 60 000 postos não eram bem assim, e seriam parcialmente conseguidos com supressão de outros dentro da função pública. O que também não deve ter animado muito.
O lado mais divertido desta discussão é que a fé ideológica inibe o bom senso e desencanta os mais inesperados argumentos para contrariar as leis da aritmética.
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