Depois dos casos da Islândia e da Ucrânia, parece que vamos ter agora o da Hungria. Há ex-primeiros ministros com pouca sorte em o terem sido em determinados paises.
O ex-primeiro húngaro Ferenc Gyurcsány teve a sua imunidade parlamentar suspensa a noite passada. Vai assim ter de se apresentar à justiça sob acusações de corrupção. O "caso do casino" (assim é conhecido), em que há fortes indícios de uma troca de propriedades em condições gravosas para o estado húngaro, já tinha posto em cheque Gyurcsány durante o governo anterior, ainda socialista. A operação fora realizada com ultrapassagem do procedimento legal, e autorizada pelo ex-primeiro por ser "um projecto de importância nacional". Mas o actual primeiro ministro Orbán vai querer ir mais longe, responsabilizando Gyurcsány pelo alto nível de endividamento do país.
Na verdade está em marcha uma acusação mais vasta contra os três ex-primeiros socialistas, e a investigação preliminar, concluida no início de Agosto, aponta para "crime político contra a Hungria", onde a dívida disparou de 53 para 80% entre 2002 e 2010.
A oposição vai dar luta e, para já, diz que Orbán procura uma manobra de diversão porque não tem projecto para o país.
Sem surpresa, o primeiro ministro Orbán tem má imprensa. Os media main-stream olham-no como alguém que coabita mal com a democracia. Estou certo que há-de ser possível encontrar as preocupações da mesma imprensa quando os anteriores ministros socialistas gastavam à doida ou executavam operações de legalidade dúbia. Fica aqui a ideia para tema de uma tese de mestrado nalguma escola de jornalismo.
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