Há uma semana, no EL PAÍS, Mário Vargas Llosa escreveu sobre o significado do Tea Party nas próximas eleições nos Estados Unidos. Aqui ficam as linhas-chave do artigo:
- Em face da evolução a que se assistiu no estado da economia depois da eleição de Obama, neste momento o Tea Party complica mais a vida aos Republicnos que aos Democratas.
- Apesar de infiltrado por extremistas, reaccionários, conspiracionistas e figuras de cariz intelectual deficiente, o movimento teve uma génese espontânea, procurando simbolicamente reerguer a bandeira dos colonos independentistas e tendo conseguido marcar a agenda do acontecer político.
- No cerne deste movimiento "há algo de são, realista, democrático e profundamente libertário. O temor do crescimiento desenfreado do Estado e da burocracia, cujos tentáculos se infiltram cada vez mais na vida privada dos cidadãos, cerceando e asfixiando a sua liberdade e as suas iniciativas; a apropriação por parte do sector público de funções ou serviços que a sociedade civil poderia assumir com mais eficácia e menos desperdício de recursos; a criação de sistemas atraentes de assistência social que só poderão ser financiados com subidas sistemáticas de impostos, o que se traduzirá na queda dos níveis de vida das classes médias e populares."
A necessidade de recuperar a responsabilidade individual, ameaçada de dissolução pela ocupação de todos os espaços de iniciativa e acção por um estado cada vez mais omnipresente nas sociedades contemporâneas, é "um sentimento justo que merece ser incorporado na agenda política, pois denuncia problemas reais que a cultura democrática enfrenta".
Vale a pena ler todo o artigo.
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2 comentários:
Só da direirta podemos ler este tipo de disparates. O problema não é o fosso entre ricos e pobres. É o estado regulador.
Não vejo disparates, há um ponto de vista sobre a praxis para diminuir o tal fosso. O problema pode estar na dose de regulação. E problema são também promessas maiores que a capacidade de as cumprir.
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