Grande consternação assola as hostes de apoiantes gueis de Barak Obama. Em consequência da grande mobilização para as urnas, a Califórnia, o Arizona e a Flórida aprovaram resoluções que vão impossibilitar o casamento de pessoas do mesmo sexo.
O choque é tanto maior quanto parece saber-se que foram minorias, uma das quais muito acarinhada, que contribuiram decisivamente para para o resultado: negros, mormons e católicos.
Sintoma de que se trata de algo completamente inesperado é que até Madonna, essa influente pensadora de reconhecidos méritos, se mostrou colhida de surpresa: "é uma vergonha que os EEUU possam pôr um negro na Casa Branca ao mesmo tempo que não permitem o casamento guei". (A redacção da notícia é muito cuidadosa: ao citar Madonna em discurso directo escreve afro-americano e não negro.)
Madonna é o símbolo vivo da distracção universal. Já devia ter reparado que Obama não é bem um negro, mas sim um jovem bonito e bronzeado - coisa tão notória que até os homens disso se apercebem. Daqui a 4 ou 8 anos ainda podemos ouvi-la dizer escandalizada: "agora que os EEUU puseram na Casa Branca um homem completamente negro e abertamente devoto do islão, acabam por ilegalizar as relações homossexuais! é uma vergonha."
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