terça-feira, novembro 20

O Le Monde escreve sobre Chávez

No editorial de ontem:

O activismo de Chávez na cena internacional, da América Latina ao Médio Oriente, da Rússia à França, acompanha-se na Venezuela de uma evolução inquietante para um regime autoritário. A gestão errática dos imensos recursos petrolíferos, desmultiplicadas por um preço do barril próximo dos 100 dólares, começa a prejudicar os programas sociais que valeram ao chefe do Estado uma popularidade sólida.

A concentração dos poderes em benefício do presidente da república, a ausência de diálogo com a oposição, a desqualificação do movimento estudantil, classificado de "fascista", o encorajamento de bandos armados (...) numa palavra, a militarização da vida política, são acompanhadas de ma corrupção sem precedente. Esta é favorecida pela opacidade das despesas públicas e pela criação de orçamentos paralelos.

O populismo não é boa solução em parte alguma.


Actualização:

Communiqué du Parti socialiste sur le Vénézuéla
Lundi 12 novembre 2007
Les électeurs vénézuéliens doivent se prononcer le 2 décembre prochain sur une réforme constitutionnelle proposée par le président Hugo Chavez. Cette réforme prétend donner au Venezuela le caractère d’État socialiste. Le Parti socialiste remarque que ce choix altère la neutralité de la démocratie vénézuélienne. Il est à l’origine d’un regain de tensions porteur de graves divisions citoyennes.

Le 7 novembre, un groupe de personnes armées a pénétré sur le campus de l’Université centrale (UCV) pour agresser des étudiants opposés à cette réforme. Neuf étudiants ont été hospitalisés. Trois d’entre eux ont été blessés par balles. Le Parti socialiste condamne ces violences et l’intolérance qu’elles révèlent. Il demande que le débat entre opposants et partisans de cette modification de la Constitution puisse garder la forme d’un échange d’arguments sanctionné le 2 décembre par les urnes.


(através de um comentário aqui )

2 comentários:

Orlando disse...

Os outros países ricos em petróleo são todos modelos democráticos perfeitos, onde se respeitam os direitos humanos e todos vivem em harmonia. Por exemplo:
A Noruega e
a Noruega e
a Noruega e
a Noruega e
a Noruega e
a Noruega e

ainda é preciso dar mais exemplos?

lino disse...

A questão não é essa. Em termos de direitos humanos a Venezuela até faz um figurão (por enquanto) ao lado de alguns dos seus opec-amigos. E, como bem sabemos, no nosso mundo de hoje os países exportadores de petróleo não são chateados seriamente por ninguém. Já agora, como se explica o mistério da Noruega, e talvez do México, e talvez de uma mão cheia de outros produtores? Cuidado com explicações racistas ou que atentem contra os valores de outras "culturas"...