Um responsável do parlamento iraniano, Mohsen Yahyavi, teve há pouco tempo uma entrevista com membros do parlamento britânico onde foram discutidos direitos humanos. De acordo com o Times, o diálogo pode ter sido mais ou menos assim:
-Olhe, nós estamos muito preocupados com as notícias de que homossexuais continuam a ser condenados à morte no seu país.
-Sabe, de acordo com o Islão não se pode permitir a existência de gays e lésbicas.
-Mas confirma que existem, e que os executam!
-A actividade homossexual em privado não tem mal nenhum, mas quem faz isso às claras merece ser torturado.
-Torturado?! Que coisa tão inadequada.
-Sorry, eu queria só dizer enforcado. Do modo como nós os enforcamos dá equivalência.
-Ah... Mas vocês estão a enforcar miúdos tão novos... não acham que que deveriam suspender esse tipo de execuções?
-Ora, minha senhora, eles merecem porque anda a propagar a SIDA.
-De qualquer maneira parece-nos excessivo que apliquem a pena de morte. As pessoas não escolhem a sua orientação sexual.
-Esse conceito não existe no Islão. Foi inventado para corromper a natureza humana. Alá criou-nos para nos reproduzirmos. Os homossexuais não se reproduzem.
-Também nos preocupa muito a notícia de que uma mulher engravidada pelo irmão foi condenada á morte e vai ser enforcada publicamente. O irmão foi absolvido com base no arrependimento. Não acha que há aqui uma desigualdade de tratamento inaceitável relativamente a homens e mulheres?
-Tem toda a razão. Talvez devêssemos ter apedrejado o irmão.
-Oh! Não era bem o que queríamos dizer...
-Bom, de qualquer modo esta troca de impressões correu muito bem. Tomei notas que serão muito úteis. Agora tenho que ir, um resto de bom dia.
-Bom dia.
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