domingo, novembro 4
Conversas de urinol
Ontem, na Universidade de Nova York, realizou-se a conferência Outing the Water Closet: Sex, Gender, and the Public Toilet . O programa pode ser consultado aqui
Podemos ter uma ideia dos temas abordados através dos trabalhos de Ruth Barcan, uma das conferencistas, professora de estudos de género na Universidadede de Sydney. Por exemplo, num artigo publicado no Journal of International Women’s Studies Vol 6 #2, 2005, Barcan chama a atenção para a subtil diferença entre "limpeza" e "sinais de limpeza":
Modern westerners avidly consume the signs of cleanliness, which may or may not have much to do with actual cleanliness or health. For example, chemical air-fresheners do not cleanse or purify the air but mask the smells we associate with dirtiness using a blend of (arguably) toxic chemicals. (One of the men in my study said there were “two schools of thought” about whether or not so-called “trough lollies” [urinal deodorizers] actually improve the smell of urinals. “It’s the kind of debate men have at pubs,” he said.)
E mais à frente: The increasingly avid consumption of signs of cleanliness is made possible by the experiential and conceptual distancing from nature brought about by modernity. Modernity is characterized by ambivalence about nature (...)
Se não fosse este artigo eu nunca viria a ter consciência de que a minha empregada, a Dona Vitória (que muito prezo) é adepta fervorosa da modernidade.
O artigo contém muitos outros profundos e inesperados ensinamentos, mas não deve ser lido durante uma refeição.
(Na foto: urinóis do Cinema São Jorge, Lisboa.)
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1 comentário:
E queixam-se alguns do infernodo ensino/aprendizagem!
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