domingo, julho 21

A campanha permanente

Talvez salvação fosse um objectivo demasiado alto. Se não a temos é porque não a merecemos. Eu só pedia que me salvassem para já de uma campanha eleitoral.
Infelizmente, seja o que for que o PR nos vá dizer logo à hora dos telejornais, de campanha eleitoral não nos salvamos. Ela já aí está, há meses, e para ficar. A campanha é aquele período institucional que se prolonga muito para antes e para depois do tempo, durante o qual os partidos que não estão no poder juram que querem o nosso bem e nos vão resolver os problemas (incluindo alguns que não pretendemos ver resolvidos). A presente campanha tem mais do pior. Os que estão no governo bem poderão esforçar-se por incluir umas tiradas novas, que a audiência não vai crescer. Catarina do BE, sempre triste e mal disposta, faz-nos sentir saudades de Ana Drago. Seguro, por seu lado, não se acanha com a sua ambição: basta-lhe o mundo. Mas ouvi-lo convoca mais do que a boa vontade habitual para fingir que acreditamos. Terá que fazer um esforço enorme para não ser tomado pelo boneco insuflado pelos matreiros ventríloquos do Rato.

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