Coreia do Norte: um rapazola com um cabeleireiro caprichoso posa para o fotógrafo ora a ler mapas, ora a olhar pelos binóculos. Tem mísseis e armas atómicas, e uma tia e um tio que, para além do negócio dos hamburgers, têm experiência em jogos perigosos.
Espanha: depois de Bárcenas e dos ERES de Andaluzia, o caso Urdangarin acaba por atingir a infanta, que um juiz veio com todo o cuidado reabilitar como não idiota, apontando-a como presumível implicada que percebia e colaborava. Torres, o sócio queimado, defende-se como pode lançando cocktails que explodem na casa irreal. A última série anunciada de e-mails prontos a sair contém umas porcarias que poderão levar a infanta a libertar-se pelo divórcio.
França: um ministro das finanças desvia uns milhões e falsifica uma declaração fiscal. Há quanto tempo estavam ao corrente as figuras gradas do poder? Isto está bonito.
Portugal: o estilhaço de Relvas, logo nas vésperas da estreia daquele comentador que só tem uma conta bancária, mais parecia uma partida desagradável -- Relvas imola-se para provocar desconforto e irritação no comentador, a quem falar de licenciaturas deverá provocar alergia. (Isto é a brincar: os factos mostram como entre Relvas e novo comentador o plano é de harmonia.) A crise aberta ontem vem em auxílio do comentador, que assim poderá concentrar-se no que chamará assuntos que verdadeiramente interessam. Entretanto, os riscos no futuro próximo são mais que muitos. E para além dos riscos antevê-se um massacre para os ouvidos: a reposição prematura em cena do discurso eleitoralista fora do prazo, essa forma de insuportável poluição sonora com que as mesmas figuras de sempre se estarão a preparar para nos dar música requentada. Tirem-nos do filme!
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