Tão pouco tempo e tanto que há para aprender. Ontem dei-me conta de que há uma coisa chamada Psicologia Positiva (PP) que parece que é uma ciência. Foi inventada em 1998 por Martin Seligman e tem por objectivo mostrar uma outra face da Psicologia. Grosseiramente descrito, o lema é: abaixo o divã e o escavar de memórias macabras; em vez disso procurem-se as raizes do génio e do talento e promova-se a valorização das experiências positivas e a busca da felicidade. Se a comparação me é permitida, e pedindo desculpa pelo simplismo do meu entendimento, é como se tivéssemos um novo género de canalizador que entra em acção quando os canos estão em perfeitas condições.
Fiquei a saber de tudo isto num programa da Antena 1, com a presença de uma investigadora que é pioneira da introdução em Portugal dos métodos da PP: o Inquérito Apreciativo (IA), o V.I.P. (valores, influências e projectos) e o World Café. Fiquei com vontade de saber mais e fui pesquisar. Eu explico rapidamente: o IA pode assumir a forma concreta de Máquina do Tempo, em que as pessoas são chamadas a escrever as suas experiências gratificantes em post-it de cores diferentes, que colam em papel de cenário numa parede. Com o V.I.P. descrevem o que lhes evocam os valores, influências e projectos enquanto desenham círculos concêntricos. No World Café promovem-se conversas sobre temas agradáveis à volta de uma mesa com uns acepipes.
De acordo com a literatura publicada, tudo isto é comprovadamente eficaz, podendo os resultados, decorrentes de intervenções concretas em algumas organizações, ser classificados de "surpreendentes". Se assim é, só posso ficar feliz.
Mesmo que pareça que estou a brincar com o assunto, esclareço desde já que não é o caso, até porque descobri que a mesma investigadora faz uma recomendação que recolhe toda a minha simpatia e apoio, sem qualquer réstea de ironia: o uso sistemático do humor a nível das organizações. Advoga que se saiba rir de nós próprios e dos nossos maiores insucessos, que as organizações formem pessoal em competências humorísticas e que o humor seja progressivamente introduzido em notas informativas, circulares e discursos. Já fico bem disposto só de imaginar esse mundo novo. Venham as directivas, já!
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