Faleceu no dia 16 de Abril o dono da célebre loja de Rodeo Drive, L.A., que fez fortuna e sucesso a vestir os mais ricos. "A roupa de homem mais cara do mundo" era o slogan. Só se atendia por marcação. O requinte e detalhes de atenção postos no serviço faziam a diferença. É o que conta este artigo do Washington Post, onde se regista também que a prazenteira escolha de pijamas, gravatas e perfumes decorria com a mistura de gozo e langor que o acompanhamento de champanhe servido por mordomos de luvas brancas permite adivinhar. Tudo iluminado por cintilantes candelabros de cristal. Uma ida à loja podia significar compras acima dos 5 milhões. Ocasionalmente, o faro para o negócio permitia-lhe quebrar regras, como quando admitiu um jovem casal que certa manhã rondava a loja, sem visita marcada: ficaram até à noite, gastaram 600 mil dólares, e voltaram no dia seguinte para gastar outros 250 mil.
Bijan Pakzad sempre deixou claro que para ser admitido como seu cliente pelo menos uma de três condições era necessária: ser rico, poderoso ou famoso. Para quem reunisse mais que uma, melhor. Vestiu Obama, Bush (parece que, dos presidentes americanos recentes, só Carter lhe escapou), Putin, Spielberg, Sinatra, Cary Grant, Stevie Wonder, Arnold Schwarzenegger e mais.
Tinha uma opinião bem definida sobre o que é um verdadeiro rico: alguém que bebe muito bom vinho ao jantar e chega à sua empresa de helicóptero. No entanto, talvez por tanto conhecer da riqueza comum, disse uma vez que a opulenta prosperidade, essa, só a pode exibir quem tem um amor feliz.
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1 comentário:
Excelente texto. E de grande sensibilidade. No fim, concordo com a citação. Já se dizia nos Evangelhos "amem-se uns aos outros". E Paulo insistia muito nessa ideia quase como bastante para a salvação.
Somos inexoravelmente gregários, o money makes the world go round mas o Amor também.
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