Manuel Tapial é o nome de um activista espanhol que apanhou boleia no Marmara. O ano passado, lamentava-se da fraca ajuda dos governos europeus ao povo palestiniano, censurava uma porta voz do PSOE por equiparar o Hamas a Israel (no que tem razão mas não sabe porquê) e perguntava:
¿Qué intereses defienden nuestros políticos? ¿Cuántos 11-M u 11-S necesitamos?
Tapial sublinhava então a legitimidade eleitoral do Hamas. Tapial e os que seguem a sua linha de pensamento deveriam explicar porque é que ninguém organiza protestos contra a destruição de casas em Gaza quando é o Hamas que avança com os bulldozers. Certamente atribuem a actual baixa aceitação do Hamas entre a população à ausência de discernimento daqueles selvagens a quem se chama palestinianos e que dão um jeitão como bandeira política.
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3 comentários:
Toda a gente sabe que o Hamas não é flor que se cheire. Isso justifica o comportamento do governo israelita?
Toda a gente perde com a eternização do conflito, menos os albertos joões lá do sítio (dos dois lados).
O governo israelita lidou pessimamente com o assunto.
Não sei se toda a gente perde. Para o Egipto, a Jordânia, o Líbano e a Síria os palestinianos são um fardo e uma maçada. A existência de Israel dá-lhes um enorme descanso: pouca gente assim repara que os outros vizinhos também os apreciam muito... em campos de refugiados.
Houve muitos governos a reagir em alguns minutos ao incidente e a censurar Israel por defender a sua população e a população de Gaza de mais matanças do Hamas. Houve muitos a censurar as Honduras por um Tribunal baixar do poder um presidente que violava de forma ostensiva a constituição.
Já houve poucos a censurar a invasão da Geórgia, as matanças no Tibete, os desmandos de Chavez, os enforcamentos de opositores e homossexuais no Irão, os massacres dos curdos pela Turquia, os atentados islamitas na Índia, etc.
Temos uma comunidade internacional hipócrita: forte com os pequenos Estados e fraca com os grandes.
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