sábado, junho 12

A ineficácia da tortura

Rui Pedro Soares referiu que "se alguma vez invoquei em conversas privadas, ou outras, (...) se o fiz, fi-lo abusivamente e tenho que assumir as responsabilidades, aceitar todas as consequências e pedir as devidas desculpas ao primeiro-ministro".

Rui Pedro Soares disse ainda na sua intervenção que, no processo, não conheceu qualquer elemento que contrarie a ideia de que o primeiro-ministro falou verdade ao Parlamento quando disse que desconhecia as intenções da PT.


“As semelhanças entre este relatório e os julgamentos da inquisição não são pura coincidência”, rematou o antigo administrador da Portugal Telecom.

Já circulam comentários a insinuar que Rui Pedro Soares não percebe nada de História. Eu, ao contrário, penso que ele sabe-a toda. Estas revelações vêm apenas sublinhar o que já se sabia: que não merecem qualquer credibilidade as declarações obtidas sob tortura. As dele - fragmentárias, tortuosas, testemunhas vivas da presença da polé e do ferro em brasa - são apenas um exemplo.

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