A demora de Sócrates em responder às dúvidas que se têm levantado em jornais, rádio e tv torna as futuras explicações mais difíceis. Em cada dia que passa, surge uma nova questão. Adivinha-se uma páscoa angustiante para o governo, ocupado em preparar o contra-ataque.
Aproveitar a crise da UnI é uma tentação, mas também um pau de dois bicos. Por outro lado, as declarações de Augusto Santos Silva, tentando reduzir o caso a mera conspiração política, não são muito mais que uma fuga às dificuldades reais de enfrentar o problema. Diz Santos Silva que mesmo assim o PS voltará a ganhar eleições: que grande admiração, dada a qualidade das alternativas.
Percebe-se também que mesmo do lado dos sectores de esquerda e do próprio PS despertem desejos de ajustes de contas. A satisfação e labor com que Mário Crespo, no jornal das 21 da SIC Notícias, se dedicou a sublinhar os pontos fracos do caso da obtenção da licenciatura, tendo-se mesmo falado (pela primeira vez, parece-me) da hipótese de demissão do Primeiro Ministro, é sintoma de que a balança pesa perigosamente para o lado dos opositores de Sócrates.
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